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Comunidades Verdes

Andar a pé, usar bicicleta, abolir o carro, ter reúso de água, gerar a própria energia, reciclar lixo, transformar dejetos em adubo – e, até, medir dados de felicidade. Não faltam fórmulas para construir um bairro sustentável – mas o que faz a sustentabilidade de um empreendimento, até onde a especulação imobiliária comanda e o que essas comunidades devem oferecer aos moradores e à cidade?

Detalhe da Masdar Plaza, projeto do escritório LAVA (Laboratory for Visionary Architecture), com painéis fotovoltaicos e guardassóis que se fecham de noite e se abrem durante o dia. A praça está no centro de Masdar, cidade sustentável com projeto urbano de Foster & Partners a 17 km de Abu Dhabi

É quase um consenso que a palavra sustentabilidade está, muitas vezes, recheada de marketing. Até os marqueteiros já usam esse argumento para provar que seu empreendimento sustentável não é mais um como os outros, buscando alguma diferenciação na hora de utilizar o vocábulo como atrativo de venda. Os bairros sustentáveis chegam com essa palavra repleta de lugar-comum, e buscam o comprador atraído pelo verde, pela preservação do meio ambiente, pela vontade de fazer algo pelo mundo ou, apenas, de se sentir seguro – a segurança que os condomínios fechados vendem. Ao mesmo tempo, é preciso pensar adiante: como criar edifícios que não utilizem tanta energia e consumam menos água. E mais: sair da esfera da construção solitária e partir para a esfera urbana. “A arquitetura do futuro, por necessidade, deverá se endereçar à crise ecológica mundial. Uma aproximação holística para a sustentabilidade deve levar em conta não apenas edifícios, mas a infraestrutura das cidades – principalmente o transporte, porque as edificações e a movimentação das pessoas representam 70% da energia que consumimos”, relata Gerard Evenden, sócio sênior da Foster + Partners.

No Brasil, dois novos empreendimentos se valem do carimbo sustentável para se diferenciar no mercado: em Brasília, o bairro Noroeste, e em Florianópolis/Palhoça, o Pedra Branca. O primeiro aproveita o necessário crescimento da capital e a especulação imobiliária para retomar uma ideia inicial de Lucio Costa de desenvolvimento de um lote a noroeste do plano piloto. O segundo aproveita a área de uma antiga fazenda na cidade de Palhoça, vizinha de Florianópolis e a 18 km de seu centro, para loteá-lo e, em apenas uma região dessa área, desenvolver conceitos de urbanismo sustentável. O Noroeste foca na classe média alta e alta: a previsão é que as unidades habitacionais custem pelo menos oito mil reais o metro quadrado construído. Já o Pedra Branca proclama a diversidade de classes: o primeiro empreendimento habitacional, lançado em maio de 2010, possui três tipos de plantas, com 75 m2, 220 m2 e 440 m2 que custam de 220 mil a 1,5 milhão de reais.

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